Roseiras Antigas de Jardim

1 - Roseiras Gallicas
2 - Roseiras Damasco
3 - Roseiras Albas
4 - Roseiras Centifolias
5 - Roseiras de Musgo
6 - Roseiras China
7 - Roseiras Portlands
8 - Roseiras de Bourbons
9 - Roseiras Noisettes
10 - Roseiras de Chá
11 - Roseiras Perpétuas Híbridas
12 - Roseiras Rugosas
13 - Hybrid Musks / Roseiras Almiscaradas Híbridas
14 - Roseiras Wichuranas
15 - Híbridos Multiflora
16 - Roseiras Boursault
17 - Roseiras Sempervirens
18 - Arvensis Ramblers / The Ayrshire
19 - Pimpinefolias (Scotish Roses)
20 - Roseiras Banksian
21 - Rosa Laevigata e Híbridos
22 - Rosa Bracteata e Híbridos
23 - Rosas das Bermudas
24 - R.Gigantea e Híbridas
25 - R. Eglanteria (Sweet Briars) e Híbridos
26 - Rosa Moschata – outros Híbridos que têm a sua origem na R. Moschata
27 - R. Soulieana e Híbridos
28 - Rosa Sinowilsonii e Híbrido
29 - Rosa Setigera e Híbridos
30 - Rosa Multiflora e alguns Híbridos
31 - Rosa Hugonis
32 - Rosa Sericea
33 - Rosa Helenae e Híbridos
34 - Rosa Filipes e Híbridos
35 - Rosa Foetida e Híbridos
36 - Rosa Brunonii (Rosa Moschata)
- Rosa Nepalensis e Híbrido
37 - Rosa Nutkana e Híbridos
38 - Rosa Longicuspis e Híbrido
39 - Roseiras Bravas
40 - Roseira Mandonii

1 - Roseiras Gallicas
A “Rosa Gallica” é natural do centro e do sul da Europa. A história das gallicas perde-se no tempo. Foram das primeiras roseiras cultivadas em jardins. Uma das mais conhecidas a R. Gallica “Versicolor”, também conhecida por “Rosa Mundi” foi exaustivamente analisada pelo botânico Clausius em 1583.
A Imperatriz Josephine, no início, do século XIX, possuía uma colecção de mais de 160 variedades de Gallicas no famoso Jardim de Malmaison. Só florescem uma vez no Verão e as cores das suas flores variam entre o rosa, o branco e o vermelho escuro.

2 - Roseiras de Damasco 
Algumas das variedades deste grupo datam do século XVI mas a sua existência no Médio Oriente há muito que era referida pelos viajantes. Rainha dos Jardins persas e árabes, as Roseiras de Damasco foram muito cultivadas desde a Síria até ao Egipto, como testemunha o célebre médico árabe Avicena, para extrair a essência base de muitos produtos cosméticos usados na antiguidade. Constituem uma família difícil de caracterizar, muito aparentadas com as gallicas, mas menos erectas do que estas e com arbustos mais abertos.
O perfume das flores é excepcional, mas as roseiras deste grupo nunca foram verdadeiramente populares. No geral, as roseiras de damasco são saudáveis e vigorosas, mas precisam de solo fértil e de uma atenção permanente.

3 - Roseiras Alba
Estas roseiras pertencem a um grupo muito antigo, onde se incluem algumas das mais bonitas e das mais resistentes rosas antigas. Já eram conhecidas dos Romanos e foram cultivadas na Idade Média na Europa com fins medicinais. Os especialistas sugerem que as Albas resultaram de uma hibridação natural entre a Rosa de Damasco e a Rosa Canina.

4 - Roseiras CentifoliasÉ esta a “Rosa de cem pétalas” dos tempos antigos, também conhecida por “Old Cabbage Rose” ou “Rosa da Provença”. Alguns quadros dos pintores holandeses clássicos mostram que esta rosa singular já florescia nos nossos jardins no século XVII. Com as suas flores grandes e compartimentadas, que emanam um delicado perfume, as centifolias são o exemplo perfeito das rosas antigas de jardim.

5 - Roseiras-de-Musgo (Moss) 
Segundo se pensa a roseira-de-musgo era já conhecida na França, Itália e Holanda no século XVIII. Todas as variedades derivam da “R. Centifolia Muscosa”, e caracterizam-se por apresentarem umas glândulas semelhantes ao musgo nas pétalas, no cálice e nas hastes florais. O perfume destas roseiras é muito característico. Foram muito populares no século XIX mas infelizmente nos dias de hoje o seu cultivo e propagação está limitado aos coleccionadores.

6 - Roseiras da China 
É indiscutível que uma das características determinantes das roseiras modernas, a floração continua, é herdada da roseira da “China Ananicante” cultivada naquele vasto país há mais de mil anos.
As roseiras da china foram introduzidas no ocidente em finais do século XVIII. A primeira, denominada “Old Blush” foi plantada na Holanda em 1781.

7 - Roseiras Portland 
A origem das roseiras Portland ainda hoje está envolvida em mistério. Segundo alguns autores por volta do ano de 1800 a duquesa de Portland recebeu da Itália uma roseira chamada “R. paestana” e foi a partir dela que este grupo se desenvolveu. As Portland foram as primeiras onde a roseira da China teve um importante papel e que se traduziu na possibilidade de repetirem a floração. Tiveram, porém, um curto período de popularidade, pois rapidamente foram ultrapassadas, primeiro pelas roseiras Bourbon, e logo depois pelas roseiras Perpétuas Híbridas.

8 - Roseiras de Bourbon 
Os estudiosos sugerem que esta espécie é originária da Ilha de Bourbon, mais tarde designada por Ilha de Reunião, e resultou de um cruzamento ocasional entre a R. chinensis e a R. damascena. Foi levada para França em 1819 e para Inglaterra pouco tempo depois, em 1822. Devido às suas bonitas flores, à boa qualidade da sua folhagem e ao facto de terem uma floração remontante, as rosas Bourbon foram muito populares nos tempos vitorianos.

9 - Roseiras Noisette
Este grupo teve a sua origem na América, no início do séc. XIX, num cruzamento entre a R. chinensis e a R. moschata e foi desenvolvido por um emigrante francês chamado Philippe Noisette, que posteriormente as exportou para França. A maioria das roseiras Noisette florescem mais de uma vez em cada estação e são excelentes trepadeiras.

10 - Roseiras de Chá 
A sua origem assenta em duas roseiras chinesas importadas para a Europa no início do século XIX: A “Hume’s Blush China” e “Parkes Yellow Tea Scented China” – que, por sua vez, foram sujeitas a múltiplos cruzamentos com as Roseiras de Bourbon e as Noisettes. A primeira roseira de chá “Adam” foi introduzida em 1835.

11 - Roseiras Perpétuas Híbridas 
Estas roseiras que resultaram do cruzamento entre as Chinas Híbridas e as roseiras Portland e Bourbon, tornaram-se no início do século XIX num fenómeno de popularidade. Fáceis de cultivar, algumas muito perfumadas, tinham o inconveniente de serem geralmente demasiado altas para serem utilizadas como roseiras de canteiro.

12 - Roseiras Rugosas
A R. Rugosa é natural do Japão e foi trazida para a Europa em fins do séc. XVIII onde originou um conjunto muito interessante de híbridos. As rugosas adaptam-se a difíceis condições de solo e de clima, são resistentes às doenças e são utilizadas com frequência pelos arquitectos paisagistas na concepção de sebes e maciços em locais onde os outros tipos de roseiras não tem qualquer hipótese de sobreviver.

13 - Roseiras Almiscaradas Hibridas
A maioria das roseiras deste grupo foram criadas pelo reverendo Joseph Pemberton entre 1913 e 1926.
Este é um grupo que diverge da classificação oficial uma vez que a Federação Internacional das Sociedades de Rosas coloca-as entre as “Roseiras arbustivas de floração continua”.
Ainda hoje são roseiras muito populares, resistentes e versáteis, facilmente adaptáveis a todo o tipo de jardins.

14 - Roseiras Wichuranas 
Este grupo é constituído pelo maior e mais importante grupo de roseiras trepadeiras. A R. Wichurana é originária do Japão, Oriente da China, Coreia e Taiwan. São roseiras vigorosas e resistentes às doenças. As suas flores variam muito na forma e na cor e são quase sempre perfumadas. As Wichuranas atingem alturas consideráveis.

15 - Híbridos Multiflora 
A R. Multiflora é originária da Coreia e do Japão. Os híbridos Multiflora foram desenvolvidos na Grã-Bretanha no fim da era victoriana e foram muito populares, tal como as wichuranas, durante o primeiro quartel do século XX. Estas trepadeiras produzem pequenas flores, em largos cachos, durante as primeiras quatro semanas do verão e a maioria delas são robustas e resistentes às doenças. Apesar da sua popularidade ter entrado em declínio com o aparecimento das modernas trepadeiras remontantes, ocupam sempre um lugar especial nos jardins contemporâneos.

16 - Roseiras Boursault 
É um pequeno e quase esquecido grupo de roseiras que alcançou alguma popularidade do século XIX. Alguns especialistas sugerem que as Boursault resultaram do cruzamento entre a “Rosa pendolina” e a “Rosa Chinensis” mas outros, como David Austin, negam em absoluto essa possibilidade. Seja como for, estas roseiras têm um carácter especial e, felizmente, algumas espécies do passado ainda permanecem entre nós.

17 - Roseiras Sempervirens
A Rosa Sempervirens conhecida por “Evergreen Rose” é originária da Europa meridional e do Norte de África. No início do século XIX o francês Jacques, jardineiro do Duque de Orleans, mais tarde Rei Louis-Philippe, usou a R. Sempervirens para criar um pequeno grupo de roseiras chamado Híbridas Sempervirens que se manteve praticamente inalterado até aos dias de hoje. É curioso verificar que muito poucas roseiras “Ramblers” entretanto desenvolvidas podem rivalizar com a elegância das pequenas flores das “Sempervirens” que desabrocham em belíssimos cachos. Infelizmente, florescem apenas uma vez no Verão.

18 - Roseiras Ayrshire 
Os Híbridos de Ayrshire são descendentes da Rosa Arvensis.
São Trepadeiras robustas e resistentes com a vantagem de se desenvolverem com grande facilidade à sombra de grandes árvores.

19 - Roseiras Escocesas (Scottish Roses)
Estas roseiras são híbridos da Rosa pimpinellifolia. Formam excelentes arbustos e as suas pequenas flores apresentam uma beleza muito particular. Desenvolvem-se com grande facilidade, mesmo em difíceis condições de solo.

20 - Roseiras Banksian 
Um pequeno grupo de roseiras trepadeiras originárias do oeste da China. As suas pequenas flores, com forte fragância, aparecem em bonitos cachos no fim de Maio e o princípio de Junho, antes das outras trepadeiras.
Em condições favoráveis de luz e calor estas roseiras podem atingir alturas consideráveis (20 a 25 pés).

21 - Rosa Laevigata e Híbridos
Originária da China de onde foi introduzida em 1759 é uma roseira que se adaptou amplamente às regiões meridionais dos Estados Unidos da América, tendo chegado a converter-se na “planta-símbolo” da Geórgia com o nome de “Cherokee Rose”. Dotada de flores simples, podendo atingir 6 m de altura, não é muito resistente ao frio e, por conseguinte, é adequada ao cultivo em climas temperados.
A rosa Laevigata deu origem a alguns Híbridos, Trepadeiras de particular beleza, que plantadas em lugar protegido, serão indiscutivelmente as “jóias” de qualquer jardim.

22 - Rosa Bracteata 
Originária das regiões orientais da China foi Lord Macartney que a introduziu em Inglaterra em 1793.
Remontante, com flores grandes de um branco puro, é uma roseira apropriada aos climas quentes ou temperados. Deu origem a um popular híbrido chamado “Mermaid”, uma belíssima trepadeira remontante com flores amarelas, introduzida por Paul em 1918.

23 - Rosas das Bermudas
As misteriosas rosas das Bermudas – segundo Peter Beales – são aquelas cujo nome ou proveniência são hoje desconhecidos, mas que ao longo de muitas décadas foram cultivadas nas Bermudas, adaptando-se às condições morfológicas e climáticas específicas daquelas ilhas. A Bermuda Rosa Society após um trabalho exaustivo, classificou estas roseiras atribuindo-lhes os nomes em função do local ou do proprietário dos jardins onde foram encontradas. São rosas muito raras, de difícil aquisição, e a maioria dos especialistas classifica-as no grupo de roseiras antigas, com características semelhantes às rosas de Chá ou das Noisettes.
No roseiral da Quinta do Arco poderá encontrar exemplares da “Brightside Cream”, uma trepadeira de floração remontante, e da “Spice” uma roseira arbustiva com flores pequenas e muito perfumadas.

24 - R. Gigantea e Híbridos 
A R. Gigantea teve uma grande influência – histórica e genética – no desenvolvimento das roseiras modernas. É uma roseira de flores grandes, que nos climas quentes pode atingir alturas consideráveis. Os seus híbridos mais conhecidos – Belle Portugaise (Cayeux) e Lorraine Lee (Clarke) adaptaram-se perfeitamente às condições climáticas do roseiral da Quinta do Arco.

39 - Roseiras Bravas 
São aquelas que vegetam espontaneamente em muitas regiões do mundo. Normalmente florescem apenas uma vez por ano e apresentam características diferentes entre si. Das cento e tal espécies conhecidas que se desenvolvem livremente na natureza, muitas delas têm sido utilizadas para apurar as roseiras de jardim que hoje conhecemos.

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