Rosa Multiflora Var Adenochaeta - Roseira Híbrido de Multiflora

Origem: China; regiões de Hubei, Gansu, Yunnan e Sichuan
Tamanho das flores: 4 cm
Altura: 5 metros

Esta fantástica trepadeira, vigorosa e muito saudável, tem uma floração espectacular. As flores, maiores do que as da R. Multiflora, abrem cor-de-rosa forte muito brilhante, com reflexos de branco na base das pétalas, e surgem em grandes cachos, compactos e densos, produzindo em efeito verdadeiramente assombroso. Os ramos, muito bem revestidos de uma folhagem bonita, são flexíveis e adaptam-se muito bem a uma pergula ou a um arco. É uma roseira pouco divulgada, mas indiscutivelmente uma das trepadeiras mais fascinantes que conheço.
Felicite et Perpetue - Roseira Hibrido de Sempervirens

Criador: Jacques, France, 1828
Origem: Rosa Sempervirens x “Old Blush”
Tamanho das flores: 4 cm
Altura: 5 metros


Esta roseira sarmentosa, bonita e vigorosa, é a mais conhecida dos Hibridos de Sempervirens produzidos por Antoine Jacques. As flores são de um cor-de-rosa ténue quando abrem, para depois ostentarem um misto de marfim e branco puro. As pétalas pequenas, muito numerosas, estão ordenadas em roseta em torno de um coração em botão, o que confere a cada flor uma forma quase perfeita. As flores aparecem em grandes grupos de vinte e quarenta, por entre as pequenas folhas sombrias e persistentes. O perfume é almiscarado. Os ramos vigorosos e flexíveis estão revestidos de grandes espinhos e são ideais para se desenvolverem em arcos ou pergulas.
As pessoas normalmente pensam que a palavra “Perpetue” significa floração ininterrupta. Mas isso não é verdade, tanto mais que esta “Sempervirens” é uma roseira de floração única. O que Antoine Jacques pretendeu invocar foram duas santas dos primórdios do cristianismo, Vivia Perpetua e sua escrava negra Felicitas que viveram em Cartago, então território dominado por Roma e que foram martirizadas no ano 203.
Marechal Neil - Roseira Noisette

Criador: Pradel, França, 1864
Origem: “Chromatella” x roseira desconhecida
Tamanho das flores: 11 cm
Altura: 4 metros

É uma roseira que se desenvolve favoravelmente nos climas quentes e secos. As flores, dobradas, com inúmeras pétalas, surgem normalmente solitárias, e a cor pode variar entre o pêssego e o amarelo-limão. O perfume é muito agradável. As folhas são de um verde-pálido e a planta, vigorosa, ostenta uns espinhos robustos de um vermelho forte. Remontante, é susceptível aos ataques de oídio e de mancha negra. Adolphe Neil (1802-1869) foi Marechal da França e ministro da guerra durante o reinado do imperador Napoleão III. Em 1859 venceu os exércitos austríacos em Magenta e Solferino.
Petite Françoise - Roseira Polianta

Criador: Gravereau, França, 1915
Tamanho das flores: 5 cm
Altura: 50 cm

Esta pequena polianta, muito rara, está sempre coberta de pequenas flores muito dobradas, em forma de pompons, de um cor-de-rosa fresco e brilhante. A folhagem é saudável e pode ser cultivada em vasos, em bordaduras e em floreiras pequenas nos terraços e janelas.
Gloire Des Mousseux - Roseira de Musgo

Criador: Laffay, França, 1852
Tamanho das flores: 12 cm
Altura: 1,5 metros

As flores grandes, muito perfumadas, com uma forma muito bonita, conferem a esta roseira uma categoria muito particular. Os botões, sépalas e receptáculos cobrem-se de um musgo verde vivo, muito perfumado. As flores quando abrem, muito dobradas, são de um cor-de-rosa soberbo. A floração é única, mas abundante, no fim da Primavera.
Lamarque - Roseira Noisette

Criador:  Marechal, França, 1830
Origem: “Blush Noisette” x “Parks yellow”
Tamanho das flores: 7 cm
Altura: 5 a 8 metros

Foi um roseirista amador, Marechal, que criou esta roseira numa floreira da janela da sua casa, em Angers, França. Na altura estava longe de saber que este Híbrido iria tornar-se uma das trepadeiras mais famosas da história das roseiras. É uma planta muito vigorosa, que uma vez bem adaptada e em clima quente pode atingir mais de 8 metros de altura. As flores são médias, plenas, com o centro amarelo-limão, com pétalas pequenas, e emanam um perfume ligeiro e açucarado. Surgem em grupos de três a quatro. É pouco espinhosa e as folhas são de um verde lustroso muito atraente. O seu crescimento é rápido e é  ideal para uma pergula ou para um arco.
Também conhecida por “Thé Marechal” o nome desta roseira invoca o célebre general de Napoleão Jean Maximilien Lamarque (1770-1832). Controverso, após a queda definitiva de Bonaparte tornou-se membro do parlamento francês, onde se destacou como um dos deputados mais activos da facção “esquerda” que reclamava a suspensão definitiva da monarquia.
Lamarque abraçou a carreira militar em 1791 e em poucos anos ascendeu à patente de general. Em Itália, liderou um dos seis exércitos que estavam sob o comando geral do filho adoptivo de Napoleão, Eugéne de Beauharnais. Quando Napoleão se exilou em Elba em 1814, Lamarque manteve-se leal ao Imperador, regressando ao seu serviço durante o período dos “Cem Dias”, onde comandou uma divisão de dez mil homens. Após a batalha de Waterloo exilou-se, regressando à França em 1818 onde iniciou uma polémica carreira política. Em 1828 foi eleito para a Câmara dos deputados, representando Landes. Liderou a facção mais radical do parlamento e a sua morte em 1832 desencadeou, em 5 e 6 de Junho, uma série de distúrbios e barricadas nas ruas de Paris. Esta revolta, a que Victor Hugo faz alusão nos “Miseráveis”, foi violentamente reprimida pela Guarda Nacional, tendo resultado em centenas de mortos.
Veilchenblau - Roseira Hibrido de Multiflora

Criador: Schmidt, Alemanha, 1909
Origem: “Crimson Rambler” x “Souvenir de Brod”
Tamanho das flores: 4 cm
Altura: 4,5 metros


É denominada “The Blue Rose”. Mas as suas flores não são azuis. São antes, de um violeta azulado, raiadas de branco no centro. Os estames cor de ouro dão uma extraordinária beleza às pequenas flores, semidobradas, em forma de taça e perfumadas que surgem em grande profusão.
Os ramos quase caídos. As folhas amplas, pontiagudas de um verde brilhante, realçam ainda mais a beleza desta roseira que deve cultivar-se numa pérgula ou junto a uma outra trepadeira de flores brancas.
Windermere - Roseira Híbrido de Wichurana

Criador: Chaplin, Inglaterra, 1932
Tamanho das flores: 7 cm
Altura: 3 metros

Esta trepadeira, criada e comercializada em Inglaterra, pela Chaplin Bros, a partir de 1932, produz flores cor-de-rosa escuro, ligeiramente perfumadas, em pequenos grupos de três a oito. A folhagem é densa e de um verde carregado.
Sophie’s Perpetual - Roseira da China

Origem: França, 1860
Tamanho das flores: 7 cm
Altura: 1,5 metros

Eis uma magnífica roseira, cujas flores, muito dobradas, apresentam um belíssimo contraste entre o cor-de-rosa claro das pétalas interiores e o púrpura brilhante das pétalas exteriores.
Remontante, com um perfume almiscarado e incisivo, as flores surgem continuamente em grupos de três a sete. Esta roseira foi descoberta pelo roseirista Humphrey Brook no seu jardim de Lime Kiln. Sem nunca revelar a verdadeira identidade desta roseira, Humphrey decidiu atribuir-lhe o nome da tia da sua mulher a condessa Sophie Beckendorff, viúva do último embaixador do Czar em Londres.
Old Blush - Roseira da China

Tamanho das flores: 7 cm
Altura: 1 m

Também designada pelos nomes de “Pallida”, “Pink Monthly Rose”, “Common Monthly” ou “Parson’s Pink China” esta roseira é cultivada na China há mais de mil anos. O seu carácter remontante conferiu-lhe um papel fundamental no desenvolvimento das roseiras modernas. Foi introduzida no Ocidente por volta de 1750 e a partir daí foi cruzada com as roseiras europeias, designadamente as de Damasco e as Gallicas. É também uma das antepassadas das Bourbons, das Roseiras de Chá e das Híbridas Perpétuas.
É uma excelente planta de jardim. As flores semi-dobradas, cor-de-rosa suave, são produzidas em cachos, em grande profusão, por um arbusto que por vezes ultrapassa um metro de altura e têm um perfume subtil e moderado. As flores dão amiúde origem a pequenos frutos vermelhos. Os ramos são verdes e espinhosos e a folhagem é brilhante e saudável. Em clima quente ou temperado floresce continuamente.
Há alguns anos atrás tive a sorte de adquirir a mutuação desta roseira, a “Climbing Old Blush” e descobri que se trata de uma das melhores trepadeiras para as zonas temperadas. As flores são ligeiramente maiores do que as da forma arbustiva e surgem em grupos de duas a seis. Tem uma floração contínua e precoce e atinge facilmente uma altura de cinco metros. Os seus ramos são flexíveis e maleáveis e é ideal para um arco. Infelizmente não se sabe quando ou onde surgiu. Mas é uma trepadeira antiga, fiável, que merece uma maior divulgação.
Albéric Barbier - Roseira Híbrido de Wichurana

Criador: Barbier, França, 1900
Origem: “R. Wichurana” x “Shirley Hibberd”
Tamanho das flores: 8 cm
Altura: 7 metros

Ideal para revestir um muro, uma árvore, uma pergula ou um arco, esta roseira, em regiões de clima temperado, atinge dimensões consideráveis. Os botões amarelos desabrocham em flores brancas dobradas sombreadas de amarelo pálido no centro. O perfume é almiscarado. Simplesmente delicioso. A folhagem é verde escura brilhante.
Astra Desmond - Roseira Híbrido de Multiflora

Criador: Flight, introduzida por Curbush, 1906
Origem: “Turner’s Crimson Rambler” x “The Garland”
Tamanho das flores: 5 cm
Altura: 3,5 metros

É uma planta vigorosa e saudável com uma única floração que ocorre normalmente no início do Verão. As flores semidobradas, são branco-creme, e surgem em grande profusão. Astra Desmond foi uma famosa cantora de ópera da segunda metade do século XIX.
Apple Blossom - Roseira Híbrido de Multiflora

Criador: Dawson, Estados Unidos, 1890
Origem: “Dawson” x Rosa Multiflora
Tamanho das flores: 4 cm
Altura: 4 metros

Este híbrido foi introduzido no mercado em 1932 pela “Stark Bros”. O seu criador foi um homem eminente, Jackson Thornton Dawson, hoje injustamente esquecido. Foi o primeiro americano a produzir novas trepadeiras a partir da Rosa Multiflora e o primeiro roseirista a criar novos híbridos a partir da R. Wichurana.
As flores da Apple Blossom” são semidobradas, cor-de-rosa com o centro branco, e surgem em pequenos grupos, ostentando as pétalas muito onduladas e franzidas, o que confere à planta um carácter singular. Os ramos são flexíveis, pouco espinhosos e bem revestidos de folhagem. É ideal para uma pergula.
François Juranville - Roseira Híbrido de Wichurana

Criador: Barbier, França, 1906
Origem: “Rosa Wichurana” x “Mme Laurette Messimsy”
Tamanho das flores: 7 cm
Altura: 5 metros

É uma das Wichuranas mais conhecidas de Barbier. Nas regiões de climas mais fresco, as suas soberbas flores muito dobradas, compartimentadas que surgem em cachos, apresentam um cor-de-rosa alaranjado, muito brilhante, que é visível a muitos metros de distância. Nas regiões de clima quente ou temperado as flores apresentam um cor-de-rosa mais ténue e o seu efeito, aquando da floração, é menos espectacular. Em determinadas condições de solo e de clima, esta trepadeira pode atingir mais de oito metros de altura.
Alexandre Girault - Roseira Híbrido de Wichurana

Criador: Barbier, França, 1909
Origem: “Rosa Wichurana” x “Papa Gontier”
Tamanho das flores: 7cm
Altura: 10 metros

É um conjunto destas belíssimas trepadeiras que cobre a pergula central do roseiral de L’Hay-les-Roses, perto de Paris. As flores, de tamanho médio, plenas, de um vermelho – rosa forte, brilham à luz do sol e apresentam um branco-rosa ténue no reverso das pétalas e reflexos de amarelo ao centro da flor. Surgem em grande profusão, em elegantes cachos, no início da Primavera e ocasionalmente, em menor número, nos primeiros dias de Outono. Esta trepadeira vigorosa, uma das melhores roseiras dos Barbier, tem uma folhagem verde lustrosa e ramos muito flexíveis.
Louise D’Arzens - Roseira Noisette

Criador: Lacharme, França, 1861
Tamanho das flores: 8 cm
Altura: 3 metros

François Lacharme (1817-1887) eminente roseirista da cidade de Lião, produziu um conjunto de roseiras notáveis que ainda hoje podemos encontrar em alguns catálogos: “Coquette des Blanches” (1871), “Louise Van Houte” (1869); “Lady Emily Peel” (1862); “Coquette des Alpes” (1867); e “Louise D’Arzens” (1861). Esta noisette, felizmente, voltou a estar na moda e é actualmente muito procurada, sobretudo devido às suas flores, muito dobradas, brancas com tonalidades creme no centro, ligeiramente perfumadas. Remontante, os botões são cor-de-rosa vivo, e a planta é robusta, com uma folhagem verde brilhante. Demora alguns anos a atingir os três metros de altura e não é uma roseira adequada a se desenvolver ao longo de um arco devido às características dos seus ramos, que se desenvolvem de forma desordenada. Pela minha experiência considero a “Louise D’Arzens”, uma  roseira ideal para se desenvolver como uma roseira arbustiva, devendo para isso ser submetida anualmente a uma poda adequada.
Mme. Alfred Carriere - Roseira Noisette

Criador: Schwartz, França, 1879
Tamanho das flores: 10 cm
Altura: 5 m


Esta famosa trepadeira é uma das roseiras mais saudáveis que conheço e produz flores de modo quase contínuo durante um largo período. Em 1908 foi proclamada “the best White Climber” pela National Rose Society em Inglaterra. Esta Noisette cresce mais de cinco metros nos climas quentes, tem poucos espinhos e as suas flores dobradas, com 10 cm de diâmetro, perfumadas, são cor rosa pérola quando começam a abrir, sobretudo quando o tempo está mais frio, para depois adquirirem a cor branca que lhes confere a distinção e a identidade. É uma trepadeira maravilhosa que merece a fama que adquiriu há mais de um século.
O nome de Joseph Schwartz ficará para sempre ligado à criação desta famosa noisette, mas durante a sua curta carreira, entre 1871 e 1885, Schwartz obteve mais de sessenta novas variedades de roseiras – sobretudo Perpétuas Híbridas, Chás e Bourbons – e algumas trepadeiras de notável qualidade, muitas delas infelizmente desaparecidas do mercado.
Joseph Schwartz nasceu em Bourgoin em 1846. Foi aprendiz de Jean- Baptiste Guillot e posteriormente, com 18 anos, foi nomeado chefe dos seus viveiros. Em Maio de 1870 fez um acordo com Jean-Baptiste e comprou-lhe “La Terre des Roses”. Iniciou então a sua actividade como roseirista independente, obtendo algumas roseiras ainda hoje populares, como a bourbon “La Renne Victoria” (1872) e as perpétuas híbridas “Duchesse de Vallombrosa” (1875) e “Madame Oswald de Kerchove” (1879. Infelizmente morreu muito novo com a idade de 44 anos. Mas o negócio prosseguiu graças à tenacidade e competência da sua viúva que entre 1886 e 1900 teve o mérito de colocar no comércio sessenta novas variedades, entre elas, a fascinante trepadeira “Dr. Rouges” (1894), a conhecida Bourbon “Mme Ernest Calvat (1888) e a popular Perpetua Híbrida “Roger Lambelin (1890). Entre 1901 e 1920 o filho André Shwartz manteve o dinamismo da empresa com a produção de cinquenta novas variedades.
R. Hugonis - Roseira Brava

Origem: China, introduzida na Europa em 1899
Tamanho das flores: 6 cm
Altura: 2,20 metros

Este gracioso arbusto com uma folhagem ligeira e saudável fica coberto de flores, ao longo dos ramos, logo no início da Primavera. As flores são singelas, amarelo canário. Arbusto muito espinhoso, não remontante, que produz frutos vermelhos no fim do Verão, deve ser plantado isolado. É uma planta muito decorativa.
Violette - Roseira Híbrido de Multiflora

Criador: Turbat, França, 1921
Tamanho das flores: 3 cm
Altura: 4 metros

Esta “Rambler” tem poucos espinhos e cresce muito rapidamente. As flores pequenas, de um violeta forte -  mais escuro que as flores da “Veilchenblau -, semidobradas, em forma de taça, com um perfume almiscarado, surgem em grupos de trinta, em grande profusão. Não é uma planta remontante, mas a sua folhagem de um verde luminoso é muito decorativa e saudável. Uma magnífica criação de Turbat, que felizmente está novamente a ser comercializada e que é um bom exemplo das chamadas “trepadeiras azuis” que foram introduzidas no mercado entre 1908 e 1940.
Multiflore de Vaumarcus - Roseira Noisette

Criador: Menet, França, 1875
Tamanho das flores: 6 cm
Altura: 2,5 metros

Esta roseira tem uma floração exuberante que se estende, nas zonas quentes e temperadas, ao longo de todo o ano. Tem um crescimento médio de 2,5 metros de altura e as suas flores pequenas, dobradas, muito perfumadas, de cor rosa claro, com tons de lilás, aparecem em cachos. Apesar de ser pouco conhecida, esta “Noisette” tem-se revelado uma planta resistente às doenças e das mais remontantes do meu jardim.