Belle Portugaise - Roseira Hibrido de Gigantea
Criador: Cayeux, França, 1903
Origem: “Reine Marie Henriette” x “Rosa Gigantea”
Tamanho das flores: 15 cm
Altura: 10 metros
Também conhecida por “Bela Portuguesa” ou “Belle of Portugal” foi o primeiro Hibrido de Rosa Gigantea cultivado no Ocidente. Foi criado pelo botânico Francês Henri Cayeux, então responsável pelo Jardim Botânico de Lisboa. François Crépin, em 1896, enviou para Portugal uma planta da “Rosa Gigantea” e quando esta floriu, apresentando belíssimas flores com cerca de 13 cm de diâmetro, Cayeux começou a efectuar hibridizações com roseiras de chá e perpétuas híbridas. A sua ambição era conseguir trepadeiras vigorosas e bonitas que resistissem ao Inverno parisiense. Do seu trabalho meticuloso resultaram cinco roseiras: “Belle Portugaise” e “Étoile de Portugal” em 1903; “Amateur Lopes”, “Lusitânia” e “Palmira Feijas” em 1905. Infelizmente, com excepção da “Belle Portugaise”, todas elas desapareceram.
Não sendo remontante, “Belle Portugaise” é uma das primeiras roseiras do jardim a florir, logo no início da Primavera. As suas flores, excepcionalmente grandes, podem atingir 15 cm de diâmetro, emanam um perfume ligeiro de chá. Os botões carmesin, delgados e elegantes, dão lugar a bonitas flores, cor-de-rosa cremoso. As pétalas exteriores, com um cor-de-rosa franco no reverso, são grandes. As do interior de um rosa ténue, são mais pequenas e concentram-se em torno do coração da flor, mantendo-a ligeiramente fechada, o que produz um efeito muito original. As folhas largas e finas, de um verde-claro, são típicas da “R. Gigantea”. Extremamente vigorosa e resistente, esta trepadeira pode atingir alturas consideráveis, e é hoje uma roseira muito popular em quase todo o mundo, sobretudo no sul da Europa, na Califórnia, na Austrália, na Nova Zelândia e na Índia. Após mais de um século e na chamada “era da globalização” a “Belle Portugaise” continua a ser a única roseira portuguesa, cujo sucesso é indiscutivelmente universal.